Fiquei emocionada ao ouvir a entrevista dada por Gilberto Gil,
principalmente no trecho em que ele diz ter aprendido a ler e escrever
na cozinha, enquanto a avó cozinhava, ele e a irmã iam aprendendo.
Eu
estudava no período vespertino, minha mãe tinha que preparar o almoço
para a família. Por isso, como o Gilberto Gil, eu também fazia as
tarefas escolares na cozinha com a ajuda dela.
Minha infância
sempre foi rodeada de livros e acho que por isso eles são tão
importantes para mim. Me lembro de uma coleção da Disney que ganhei do
meu pai, “Uma história por dia”. Ainda não sabia ler, mas ficava
folheando as 365 histórias do livro e admirando as ilustrações
belíssimas. Meus pais liam as histórias para mim. Folhear e manusear
livros são partes importantes para a construção das hipóteses que as
crianças fazem sobre leitura e escrita.
Acredito que minha
família conseguiu transmitir a importância dos livros para mim. Acredito
que isso também influenciou minha escolha em ser professora e fazer
graduação em Letras. Ler amplia nosso conhecimento de mundo, nossas
ideias e nos faz vivenciar novos sentimentos.
Paula de Souza Rogério
Olá!
Gostei muito dos depoimentos, mas o que mais me chamou a atenção
foi o do Rubem Alves porque nunca tinha pensado no ritual antropofágico
existente na bíblia: Come-se e bebe-se a carne e o sangue de Cristo
para se ficar semelhante a ele, e é isto que fazemos ao ler e como diz o
próprio escritor – “eu mesmo sou o que sou pelos escritores que
devorei... E se escrevo é na esperança de ser devorado pelos meus
leitores”.
Mas é bem assim mesmo quando leio eu devoro o escritor e
passo a ser mais “forte“ - informado, com mais sabedoria, mais antenado
com o mundo.
Minha experiência leitora iniciou-se na escola através
dos livros da coleção Vaga Lume, que era indicada pela professora de
Língua Portuguesa, antes disso não me recordo dos meus professores
primários fazendo leituras para a sala, mas posso afirmar que as
leituras que eu fazia na escola ou na faculdade eram feitas por
obrigação, pois não sentia a magia da leitura, o que hoje é
completamente diferente, e esta mudança ocorreu em minha vida depois que
eu comecei a lecionar na oficina Hora da Leitura com o programa - Game
Superação – Instituto Ayrton Senna, que possui uma metodologia que
contagia não só o aluno, mas também os professores.
Agora, posso
dizer que sou um exemplo de superação e que quanto mais leio, mas quero
ler, e que a leitura tem que ser livre para podermos descobrir nossas
preferencias e a partir daí viajar pelos demais gêneros e assim nos
tornarmos leitores proficientes e apreciadores do mundo da leitura.
Liliani
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